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Botânica e o bonsai

 

Botânica e o bonsai

 

O que é a botânica?

 

O que consideramos plantas?

 

As plantas são as plantas vivas e todas as partes vivas de plantas, incluido sementes e material reprodutivo.

 

O crescimento de uma planta consiste em três fases básicas:

 

- A germinação da semente;

- O desenvolvimento da plântula;

- O crescimento da plântula para uma planta adulta.

 

A botânica é o estudo científico das plantas.

 

A semente.

 

As sementes são contidas nos frutos das plantas após a floração e protegem o embrião da planta. Na natureza, permitem que a planta escape de condições adversas, quer afastando-se quer aguardando o regresso de circunstâncias mais favoráveis.

 

É um orgão adormecido que resulta da fertilização e desenvolvimento do óvulo nas plantas com flor, que após germinação é capaz de reproduzir um novo indivíduo.

 

Para formar uma semente precisamos que o pólen, que é transportado pelo vento, água e insetos como as abelhas, seja depositado no pistilo de uma flor da mesma espécie, para que a fertilização ocorra. O óvulo evolui então para uma semente.

 

A semente nasce da fertilização, ou seja, o resultado da união de um núcleo masculino de um grão de pólen e de um núcleo feminino no interior do óvulo.

 

Como é composta uma semente?

 

Os principais componentes de uma semente são o embrião, o envelope protetor ou tegumento e uma reserva de nutrientes que podem ser armazenados nas diferentes partes.

 

Basicamente uma semente contém um germe, que é a plântula que dará a futura planta e também consiste em um ou dois cotilédones que representam as reservas alimentares da plântula.

 

O papel dos cotilédones é absorver e transformar as reservas alimentares constituidas pelo albúmen em benefício da plântula.

 

O albúmen é a parte da semente que envolve o embrião.

 

O embrião é um organismo vegetal que vive em estado fechado, ainda alimentado pelo organisme materna das reservas nutritivas e que ainda não possui todos os orgãos necessários para viver por si só.

 

Qual a diferença entre o grão e a semente?

 

- O grão é o fruto do cereal contida na espiga, ao contrário da semente que é um óvulo fertilizado que dará origem a novas plantas após a germinação.

 

Curiosidade:

 

- Quando uma semente germina, tem pouco tempo antes de ter esgotado as suas reservas para se transformar numa plântula capaz de fotossíntese e assim viver sozinha.

 

Na primavera, quando a semente absorve a água e germina, ocorre o que chamamos a germinação. Graças às reservas da semente, o primeiro orgão a desenvolver-se é a radícula, que forma o sistema radicular, seguido do caule com as primeiras folhas.

 

Ver o nosso artigo sobre a sementeira do bonsai.

 

A radícula é uma pequena ponta que está em todas as sementes, uma pequena estrutura anatómica parecida com as raízes, é a forma embrionária da raiz principal de uma planta e representa a primeira parte da plântula a emergir da semente durante a germinação, cresce para baixo, o que chamamos de geotropismo positivo em oposição ao geotropismo negativo que dirige os caules principais para cima.

 

Portanto e para resumir, a plântula é o embrião de uma semente e o seu desenvolvimento começa com a germinação da semente, é um rebento jovem com apenas algumas folhas, ou mais precisamente dois cotilédones.

 

Agora que a nova planta nasceu, vamos ver quais são os principais componentes de uma árvore e de um bonsai.

 

Um bonsai é constituido por três partes principais: raízes, caules e folhas.

 

- As raízes:

 

Trata-se normalmente de um orgão subterrâneo cujo papel principal é absorver a água e os sais minerais essenciais à planta, como no caso do bonsai e também fixá-los ao solo a fim de manter uma posição vertical e resistir aos ventos e tempestades.

As raízes das árvores na natureza também desempenham um papel de segurança ao evitar que a árvore se afunde sob o seu próprio peso, o que não é, obviamente, o caso do bonsai.

 

Existem vários tipos de raízes, como por exemplo a raiz axial, que cortamos o mais rapidamente possível porque estamos interessados em criar um bonito nebari para o bonsai e por isso convém cortar o mais cedo possível a raiz axial.

 

Depois há muitas outras, mas no bonsai o que procuramos é a criação de uma bola de raízes formada por muitas raízes laterais e finas.

 

São as raízes finas que alimentam o bonsai.

 

Importante:

 

- As raízes de uma árvore estão frequentemente ligadas aos ramos do lado oposto da árvore. Para o bonsai devemos ter este princípio em mente para evitar cortar demasiado as raízes para não vermos os ramos correspondentes murcharem e secarem.

 

Como regra geral e pelas razões que acabámos de ver, ao transplantar o bonsai devemos reduzir a massa foliar nas mesmas proporções que as raízes.

 

Deixar mais raízes do que ramos não é prejudicial para a árvore, mas o contrário, reduzir mais raízes do que massa foliar, conduzirá inevitavelmente à morte de alguns ramos. Este fenómeno é particularmente visível nos pinus que não gostam de ver as suas raízes cortadas.

 

Ler o nosso artigo original sobre o transplante do bonsai.

 

Os caules:

 

O caule é um orgão maioritariamente aéreo, servindo de revezamento entre as raízes e as folhas na troca de substâncias químicas. O caule é uma alternância de nós que são o ponto de partida dos orgões laterais, tais como ramos, folhas e entrenós, flores e frutos.

 

O caule tem botões, que é um orgão de crescimento que dá origem a um novo rebento ou inflorescência.

Cada caule tem um botão terminal e vários botões axilares localizados na base das folhas.

 

O colarinho corresponde à transição caule-raiz, que é o que chamamos de nebari no mundo do bonsai.

 

Ler artigo sobre o nebari do bonsai.

 

- As folhas:

 

Durante o seu desenvolvimento, a nova planta começa a produzir folhas.

 

Na morfologia vegetal, a folha, que pode ser simples ou composta, é o orgão especializado em fotossíntese.

Normalmente inserida nos nós das plantas, a folha é também responsável pela respiração e transpiração e é por isso uma força motriz da planta ou do bonsai.

 

A folha é constituida por:

 

- Uma lâmina foliar, que contém as células responsáveis pela fotossíntese, este é a parte plana da folha;

 

- O pecíolo, onde passam os vasos condutores da seiva, do caule até à lâmina, isto é o que corresponde à parte mais redonda entre o caule e a lâmina;

 

- A nervura central e as nervuras secundárias.

 

NOTA:

 

- Chama-se filotaxia o padrão de distribuição das folhas ao longo do caule das plantas. Filotaxia oposta é quando existe duas folhas por nó, inseridas em direção oposta uma da outra. Filotaxia alterna é quando existe apenas uma folha por nó.

 

A respiração ocorre a todo o momento, enquanto a fotossíntese só tem lugar  na presença de luz.

A folha é o principal teatro de troca de gás e é responsável pela climatização da planta, otimizando a perda de água ao mínimo e tirando partido da quantidade máxima de luz. Isto é possível graças aos estômatos, que são pequenas aberturas na epiderme da folha que controlam a perda de água através da evaporação e também controlam a troca de gás entre oxigénio e o dióxido de carbono para a fotossíntese.

 

 

Alguns conhecimentos de botânica ajudam a perceber melhor o cultivo do bonsai.

 

As plantas e as árvores, como o bonsai, não podem viver sem folhas. É graças às folhas que as plantas capturam o CO2 para se alimentarem e sintetizarem aminoácidos, ações tornadas possíveis pela utilização da luz solar.

 

A folha tem veias que são a extensão do pecíolo.

 

Distinguimos dois tipos de veias, a veia principal e as veias secundárias. É ao nível das veias que se encontram os tecidos condutores, como o xilema, onde circula a seiva bruta, cuja função básica é o transporte da água com os nutrientes das raízes para os caules  e as folhas.

 

Ver botânica parte 2

 

Vamos descobrir a seguir na nomenclatura botânica, porque são dados, por muitas pessoas, nomes aparentemente estranhos aos nossos bonsais.

 

A classificação das plantas é uma tarefa difícil, porque a grande variedade morfológica torna difícil determinar os caracteres homólogos e em particular, o estado ancestral ou derivado desses caracteres. Além disso, certas estruturas evoluem à medida que a planta se desenvolve. Atualmente, as comparações moleculares desempenham um papel importante no estabelecimento das filogenias vegetais. As dificuldades de classificação são ainda maiores no caso das plantas fósseis. Certos pormenores estruturais não são acessíveis e as comparações moleculares são impossíveis.

 

Além disso, as diferentes partes de uma planta como as raízes, o tronco, as folhas, os orgões reprodutores, estão geralmente separadas e, por conseguinte, fossilizadas em locais diferentes. Na prática, estes diferentes fósseis foram estudados separadamente e receberam nomes diferentes. Em paleontologia, fala-se de um género específico de forma para um tipo específico de orgão que é também conhecido como género de orgão. Assim vários géneros de formas podem corresponder ao mesmo organismo. Esta situação torna ainda mais difícil determinar a relação entre as espécies fósseis e as espécies atuais.

 

Coniferófitas:

 

As coníferas, ou pinófitas, são espermatófitas com cones constituídos por escamas. Estas escamas contêm os óvulos na sua superfície superior ou sacos polínicos na sua superfície inferior. As coníferas são principalmente árvores de folha persistente em forma de agulha ou de cinta. Várias coníferas estavam presentes na floresta carbonífera: as Cordaitales eram as mais abundantes, mas a Walchia foi escolhida para fazer parte da coleção de filogenia, porque está mais próxima das coníferas pinaceae, a que pertence o pinheiro ou pinus.

 

A nomenclatura botânica e o bonsai.

 

Porquê falar de nomenclatura do bonsai, a resposta é simples, assim falamos todos a mesma linguagem. Como nos poderíamos entender a nível internacional se cada um falasse a sua própria linguagem relativamente aos nomes das plantas, seria impossível, por isso inventamos a nomenclatura botânica que é em latim, a linguagem internacional no que toca às plantas.

Quer para trocar impressões, cuidados específicos ou fotos, como seria possível sem falar a mesma linguagem, mesmo para os profissionais na compra ou venda de plantas através do mundo.

 

Por exemplo, em Portugal costumamos chamar o pinus por pinheiro, em França por sapin ou pin, em Espanha de pino, na Inglaterra pine, na Alemanha tanne, na Itália abeto, vemos agora como seria impossível trocar ideias ou laços comerciais sem falarmos do mesmo nome em relação à mesma planta. Sem falar da China ou do Japão onde os nomes são completamente imperceptíveis para nós, mas eles também usam a nomenclatura bôtanica em latim para dialogar e realizar trocas comerciais com o estrangeiro.

 

No século IV a. C., Aristóteles criou a primeira classificação, dividindo os seres vivos em dois renos: animais e plantas. Esta visão clássica do mundo persistira até ao final do século XIX. Foi nessa altura que Ernst Haeckel inventou o reino dos protistas para classificar os organismos unicelulares descobertos no século XVII, seres vivos que até então estavam divididos entre os reinos animal e vegetal.

 

O que é o código internacional de nomenclatura botânica?

 

É a definição e a especificação dos nomes científicos coretos para as plantas e grupos de plantas.

 

Carl Von Linné ou Lineu em português, botânico, zoólogo e médico sueco, foi o criador da nomenclatura botânica e da classificação das plantas.

 

Utilizamos nomes botânicos em latim e cada táxon tem um nome próprio e este nome é utilizado no mundo inteiro visando uma comunicação eficiente e acurada sobre as plantas, evitando a utilização de nomes populares que podem induzir a erros graves.

 

O táxon é a unidade taxonómica associada à classificação científica de seres vivos. Reino, Ordem, Género, e Espécie são exemplos de taxa.

 

A taxonomia é o processo que descreve a diversidade dos seres vivos. Esse processo é feito usando artifícios como a classificação e nomenclatura.

A classificação consiste em colocar os indivíduos em grupos com base em alguns critérios.

A nomenclatura dá nome aos indivíduos e aos grupos a que eles pertencem, por isso cada pedaço agrupado desses indivíduos, sejam eles grupos grandes ou um só indivíduo, é chamado de táxon.

 

O uso do latim para designar nomes científicos deve a sua origem aos tempos medievais. Até meados do sec. XIX, as publicações botânicas eram, na sua maioria, publicadas integralmente em latim.

 

Os nomes científicos são binomiais, isto é, são compostos por duas palavras ou nomes latinizados. A primeira palavra de um nome está no singular e consiste no nome do género ao qual a planta é designada. A segunda palavra pode ser um adjetivo qualificando o nome genérico, um nome por oposição ou um nome possessivo.

 

As regras para a aplicação dos nomes científicos estão contidos no código internacional de nomenclatura botânica ou ICBN. Os nomes das espécies são compostos por duas palavras. Os nomes de géneros, famílias e outros táxoma superiores são uninominais, ou seja, compostos por uma única palavra e são palavras no plural. O código reconhece sete categorias principais: reino, filo ou divisão, classe, ordem, família, gênero e espécies.

As categorias acima de gênero têm terminações padronizadas.

 

Ler artigo original

 

As plantas são classificadas em famílias botânicas, que as agrupam de acordo com as suas caraterísticas comuns. O nome internacional é a versão latina, que termina com o sufixo aceae.

 

Exemplos:

 

- Ericaceae para os rododendros e azáleas, arbusto unedo;

 

- Oleaceae para as oliveiras ou olea, o ligustrum, o fraxinus;

 

- Cupressaceae para o juniperus comunis, o juniperus navicularis, o juniperus oxycedrus;

 

- Myrtaceae para o mirto comunis;

 

- Pinaceae para o pinus;

 

- Rosaceae para o crateagus, também chamado de espinheiro, o malus ou macieira, a potentilla, o prunus;

 

- Taxaceae para o taxus ou teixo;

 

- Ulmaceae para o ulmus e o celtis;

 

- Tamaricaceae para o tamarix.

 

As características morfológicas dizem-nos a que família botânica pertence uma planta, ou seja, a forma das suas folhas, as características dos seus estames, o número de pétalas da sua flor e muito mais. 

 

Dentro de cada família, as subcategorias definem os géneros.

 

As principais categorias de taxa, por ordem decrescente são: reino, filo, classe, ordem, famíla, género e espécie.

 

- A família inclui géneros que têm genes e características em comum porque provêm dos mesmos pais. Os géneros têm os mesmos pais e por isso, têm mais semelhanças entre si. Nas plantas, a terminologia da família termina em aceae, como já vimos mais acima.

 

- O género é o primeiro termo ou palavra da nomenclatura. Agrupa todas as espécies de uma planta.

 

- A espécie é a segunda palavra da nomenclatura e é escrita em minúsculas e em latim. Ela distingue os indivíduos de um mesmo grupo. As plantas do mesmo grupo podem reproduzir-se umas com outras, mas geralmente não podem reproduzir-se com membros de outra espécie. As características genéticas únicas desta espécie são reproduzidas de geração em geração através das suas sementes.

 

A botânico e o bonsai

 

Assim, cada espécie possui um nome científico específico, sendo este utilizado universalmente, em qualquer lugar do planeta.

 

- O termo variedade é utilizado para distinguir as plantas da mesma espécie. As características da planta podem ser reproduzidas de uma geração para a seguinte através de sementes.

 

- Um cultivar é o resultado de uma hibridação, de uma seleção ou de uma mutação.

 

Ao contrário de uma variedade, um cultivar não pode transmitir as suas características por semente. Um cultivar deve ser reproduzido vegetativamente por exemplo por estacas. Por norma a variedade ou o cultivar deve ser escrito entre aspas e com letra maiúscula.

 

- Um híbrido é o resultado de um cruzamento entre duas plantas de mesmo género ou espécie.

 

Os híbridos podem ocorrer naturalmente ou ser criados pelo homem através da polinização controlada. Para identificar a hibridação, será colocado um x à frente do género para uma hibidação de género ou à frente da espécie para uma hibridação de espécie.

 

Temos agora o nosso léxico sobre o bonsai com todas as definições úteis para o cultivo e a manutenção do bonsai.

 

Consultar agora o nosso léxico sobre o bonsai.

 

 

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