Adubo para bonsai
Conhecemos três tipos diferentes de fertilizantes: fertilizantes minerais, fertilizantes orgânicos e fertilizantes organominerais.
Um fertilizante mineral é uma substância de origem mineral produzida pela indústria química ou pela exploração de depósitos naturais de fosfato ou potássio. O produto é extraído do solo, em pedreiras ou pode igualmente ser feito a partir do azoto do ar.
Recordamos que o azoto é o principal constituinte do ar, do qual representa setenta e oito por cento e é obtido através da liquefacção do ar para o seu fabrico na indústria química. Após várias fases de transformação em fabricas especializadas, o azoto é transformado em fertilizante.
Adubo e fertilização do bonsai
O fertilizante mineral é um fertilizante sólido ou líquido que fornece ao solo nitrogénio N, fósforo P2O5 e potássio K2O, que é o que encontramos nas etiquetas de adubo N-P-K, com dosagens variadas e diferentes.
Ler artigo sobre a fertilização do bonsai
E mais frequentemente utilizado para o bonsai sob forma líquido.
O adubo mineral tem a vantagem de agir mais rapidamente do que o adubo orgânico no crescimento do bonsai e é mais facilmente assimilável. É por isso que o usamos na Primavera em bonsai que precisa de se desenvolver, para bonsai mais antigo onde apenas queremos manter a silhueta, sem necessidade de amplificar a estrutura, preferimos usar um fertilizante orgânico, que é muito mais suave e suficiente para manter a árvore.
Outra vantagem do adubo mineral é o seu baixo preço em comparação com o fertilizante orgânico.
O adubo orgânico é feito exclusivamente de matéria animal natural, como excrementos secos, chifres moídos, sangue seco ou matéria vegetal, como algas marinhas em pó.
É o resultado da decomposição da matéria vegetal ou animal, estes materiais fornecem os sais minerais que contêm de uma forma progressiva, ao contrário dos fertilizantes minerais ou sintéticos, onde existem frequentemente riscos de sobredosagem.
Um adubo orgânico precisa ser transformado em nitrogénio pelas bactérias já presentes no solo antes de poder ter efeito, eliminando assim o risco de sobredosagem.
O adubo orgânico é principalmente um fertilizante de fundo e não um fertilizante de manutenção.
O azoto orgânico garante uma nutrição progressiva, sem sobre saltos e sem perdas por lixiviação e é portanto, respeitoso do ambiente.
A adição de matéria orgânica melhora a estrutura do solo ao estimular a vida microbiana.
A utilização de um fertilizante orgânico é, portanto, de facto, uma segurança, nunca corremos o risco de queimar as raízes.
Na iberbonsai utilizamos principalmente o Biogold, que é um fertilizante orgânico do Japão e é cem por cento natural, um dos melhores adubos orgânicos no mercado actualmente.
Ler artigo sobre o Biogold.
O adubo orgânico é quase sempre utilizado na forma sólida, mas também pode ser utilizado na forma líquida, como é o caso do Biogold por exemplo, que dá excelentes resultados quando utilizado uma vez por mês para a maioria das árvores do bonsai.
Um fertilizante organomineral é composto por elementos orgânicos e minerais, ao combinar estes dois tipos de azoto mineral e orgânico, promovemos a libertação de azoto de uma forma mais progressiva. Não é o adubo mais utilizado para o bonsai.
Antes de aplicar qualquer fertilizante e para evitar cometer erros, é essencial saber de que é feito o solo.
Conhecer o solo:
Os testes regulares de solo permitem-nos avaliar a reserva mineral do solo. Este é o instrumento básico para o nosso plano de fertilização. Os testes ao solo fornecem um diagnóstico preciso que garantirá uma fertilização óptima das nossas plantas.
Mas as análises não são suficientes, temos de nos manter atentos e observar cuidadosamente outros factores como a drenagem ou a compactação, o aspecto das árvores, para ver se estão em boas condições. O olho do mestre é importante.
Por exemplo, a acidez do substrato abranda a actividade microbiana e a decomposição da matéria orgânica, o que reduz a mineralização.
Um PH inferior a 6 reduz a disponibilidade de certos minerais benéficos para as plantas, tais como o fósforo. Por outro lado, o alumínio, que é tóxico para as raízes, aumenta a sua disponibilidade.
Os danos dos fertilizantes, especialmente na agricultura intensiva, são a poluição massiva do solo e a poluição das águas subterrâneas, que é o principal reservatório de água potável. Os adubos químicos tais como azoto, fosfato e potássio são aplicados para aumentar o rendimento das culturas. Fornecem nutrientes essenciais às plantas, mas em troca contribuem fortemente para a contaminação das águas subterrâneas.
Os nitratos são altamente solúveis na água e quando não são consumidos pelas plantas, lixiviam rapidamente para o solo contaminando as águas subterrâneas. São actualmente cinquenta vezes superiores ao que eram nos anos cinquenta e atingiram o limiar máximo estabelecido pela OMS, Organização Mundial da Saúde para que a água seja considerada potável.
Isto faz-nos pensar e reflectir sobre o nosso modo de vida.
Além disso, os nitratos, quando associados a fosfatos, causam o fenómeno conhecido como a Eutrofização, ou seja, quando este composto é emitido em massa pela sobredosagem de fertilizantes no solo, isto provoca o desequilíbrio nutricional da água e favorece a proliferação de algas ou plantas nocivas que diminuem a intensidade da luz no fundo do curso de água. Como resultado, o ambiente aquático é completamente modificado e aparecem novas espécies em detrimento das espécies existentes.
Existem diferentes formas de poluição causadas por elementos fertilizantes:
A desnitrificação: trata-se de um gás com efeito de estufa, mais de 300 vezes superior ao do CO2. É o caso de solos pesados e pouco drenados onde o nitrato é transformado em N2O, óxido nitroso ou protóxido de azoto e esta forma de azoto não beneficia as plantas.
A lixiviação, principalmente devido ao facto de os nitratos serem muito solúveis, são pouco retidos pelo solo e rapidamente encontram o seu caminho para o lençol freático.
O escoamento, que resulta na perda de nutrientes através de valas e riachos, contaminando os cursos de água.
Em resumo o adubo é o alimento para o bonsai, tal como precisamos de alimentos em quantidade e qualidade suficientes para viver e crescer, o bonsai deve encontrar os nutrientes necessários no seu substrato para crescer saudável. O bonsai precisa de um fornecimento equilibrado de azoto, fósforo, potássio e enxofre.
Ao retirar estes nutrientes do solo, o substrato deve ser enriquecido todos os anos durante o periodo vegetativo para assegurar o crescimento do bonsai.
A vantagem do adubo é que podemos controlar a sua aplicaçaõ e as quantidades para satisfazer as necessidades de cada espécie, daí a importância de estabelecer um plano de fertilização para cada tipo de bonsai que possuímos para evitar a fertilização excessiva ou insuficiente.
Não esqueçamos que o bonsai precisa de descansar, por isso é fortemente recomendado parar de fertilizar pelo menos durante um ou dois meses no ano para evitar que entre em stress, isto pode ser em Outubro, mês em que a seiva começa a deixar de circular. Em Novembro aplicamos o Biogold sólido, um fertilizante orgânico que começará a ter efeito apenas um mês mais tarde, enquanto começa a decompor-se.
O adubo é vital para o crescimento do bonsai
O mais importante é respeitar o equilíbrio, qualquer fertilizante que desejemos aplicar deve conter pelo menos os três elementos básicos, nomeadamente N-P-K, embora em proporções diferentes, completados por micro nutrientes. O uso de adubo cuja composição não inclui estes três elementos é muito arriscado, de facto isto pode causar um desequilíbrio que pode ser prejudicial ao nosso bonsai.
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